UK, Guerra ao desperdício nos Alojamentos Universitários
Tenho um filho a estudar em Londres, já lá vão 4 anos!
Sempre alojado em residências universitárias, facultadas pela própria Universidade que frequenta.
Ao longo destes 4 anos, tem vindo a ter de mudar de residência e de zona o que não é, em si mesmo, um problema e sim uma benesse, pois nem todos têm a sorte de poderem instalar-se em residências universitárias.
Problemático mesmo é, não só em termos financeiros, como de filosofia de vida e de gestão dos recursos existentes o facto de, de cada vez que abandona a residência, ter de deixar para trás todo o equipamento com que se muniu no inicio do ano (edredon, lençóis, toalhas, etc.) e, de cada vez que entra na próxima, ter de voltar a investir, financeiramente, na aquisição dos bens equivalentes e semelhantes a todos aqueles que comprou no ano anterior.
E isto, por 4 vezes, ao longo dos 4 anos.
Quanto ao destino do que vai deixando para trás, não fazemos a mais pálida ideia mas não servirá, certamente, ao hóspede seguinte, pois todos eles têm e sentem o mesmo problema ou, melhor dito, os respetivos pais e educadores.
Como me toca directamente, é sempre com algum assombro e bastante revolta que me sinto obrigada a avançar, contemporizando, com despesas que seria suposto terem sido assumidas há 4 anos atrás e terem, no mínimo, o mesmo tempo de utilidade e utilização nos anos restantes de permanência, nas referenciadas residências.
Ora, quando são as próprias universidades a, por razões que desconheço e me ultrapassam, promoverem este estado de coisas e a fomentarem este tipo de desperdício, sem qualquer reflexão ou prurido no que diz respeito à mensagem que passam, das duas uma:
ou os departamentos ligados ao alojamento estão muito mal entregues e são mal geridos, ou existe alguma conivência com os tradicionais fornecedores deste tipo de material como, por exemplo, a Primark.
Sabendo nós das dificuldades de transporte e armazenamento destes bens, por parte dos próprios alunos, deveriam ser os serviços universitários competentes a promoverem a reutilização do material que sobra, findo o ano lectivo.
Se assim fosse, por razões de bom senso e seguindo a tão britânica lógica de combate ao desperdício e promoção de valores associados à solidariedade (eles sofreram e foram severamente atingidos por uma guerra!), ninguém teria de se preocupar com a aquisição de novos materiais, pois todas as residências e quartos estariam devidamente apetrechados para facilitar a vida e poupar a bolsa de quem chega.
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(Out. 22.2019)
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