Força Anímica, recordando os anos da crise

 
A cozinhar e a ver e ouvir as notícias, dou comigo num emaranhado de pensamentos com um denominador comum: tudo é e está cinzento!

... São as perspectivas individuais e parentais de futuro a curto e médio prazo que se apresentam cinzentas, é o panorama nacional e internacional, são os permanentes conflitos, a guerra, as catástrofes naturais e até o tempo (aqui, onde me encontro)… toda esta amálgama de situações e condições que teimam em convergir, ameaçando dar corpo a este monstro tão disforme como assustador que é o incógnito, a ausência de expectativas, de certezas ...

Apesar de, até agora, de tal estarmos convencidos, nunca fomos donos dos nossos destinos e é chegado o momento de nos debatermos com o inevitável - a abrupta tomada de consciência das nossas imensas e incontornáveis limitações.
Os nossos pés de barro e telhados de vidro estão aí, expostos, à mercê das incontroláveis forças que nos rodeiam e teimam em se afirmar.

Perante isto, e quanto mais não seja em nome e por amor dos nossos filhos temos todos que encontrar, se preciso inventar, a coragem e força anímicas necessárias para dar continuidade e sentido a estas nossas tão frágeis existências...

Temos de reinventar essa tão ameaçada "esperança" que mais não é que o motor, esse sopro tão especial que, até prova em contrário, nos distingue de todos os outros seres vivos que nos rodeiam.

Ilustr. Paco Yao
Maria M. Abreu /2009

Pelos vistos, já era este o sentimento de há uns anos atrás e, "para mal dos nossos pecados", tudo piorou ... 
A esperança, essa, continua a ser uma realidade transformada em necessidade básica e impõe-se o seu reforço agora, já numa perspectiva de sobrevivência.
Maria M. Abreu/2013

E a situação, entretanto, mudou, e muito!...
Passámos a poder respirar e, sobretudo, a acreditar, confiando.
Desapareceram a tensão, a animosidade e a permanente desconfiança. 
Recuperámos a esperança e permitimo-nos, de novo, fazer projectos!
Dentro de uma semana haverá novas eleições e, tenho a certeza de que, o caminho entretanto percorrido, determinará o resultado das mesmas, permitindo a permanência numa continuidade que é desejável, em termos de prosseguimento de projectos por concluir e de programas políticos por afinar.
Maria M. Abreu/2019

Grande decepção e uma série de lições aprendidas!...
Uma Pandemia a nível global (Covid 19), uma conjuntura internacional dominada por 2 guerras tão prolongadas como sangrentas (Ucrânia e Médio Oriente) e um governo Português com maioria do PS, pejado de escândalos, más escolhas ministeriais, uma exagerada carga fiscal dirigida à classe média, opções políticas dúbias e de carácter meramente paliativo,  incapaz de aproveitar a oportunidade, única, de realizar as mudanças estruturais necessárias ao crescimento de riqueza e consequente desenvolvimento sustentado e sustentável do país...

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