Acordo Ortográfico, um amargo sabor a traição

 
Bedtime story on the Ark, 1994, Ditz

Este "Acordo", que não deveria nunca ter existido, é ridículo, infantil, vergonhoso e desprestigiante para nós, Portugueses.
Cada língua tem a sua génese, o seu património, o seu ADN, a sua história e personalidade próprias.
O Português é a Língua Mãe dos países de expressão lusófona. 
Foi o seu berço e deveria ser uma referência.
Como nunca me passou pela cabeça pôr em causa a mãe que tive, que amei e cuja cultura assimilei, também não posso aceitar que a língua, cuja estrutura tão bem me soube transmitir, seja questionada.
Num país actualmente caracterizado por uma quase total ausência de referências (e este tema é uma pequena amostra!), onde aqueles que procuram preservar uma cultura, o seu património linguístico, são apelidados de "Nacionalistas" (como se alguma dose de orgulho nacional fosse um crime!), mexer na Língua é, em meu entender, uma catástrofe, com repercussões cujo alcance está ainda longe de ser vislumbrado.
Temo e lamento que as consequências, sendo abrangentes (pois para além dos factores psico-sociais e organizacionais há, também, os de cariz económico e financeiro!) nos conduzam ao caos a que todas as tentativas de descaracterização e despersonalização costumam levar ...
Perante este cenário, sinto ser meu dever ter a humildade suficiente para ignorar o meu injustificável orgulho nacional e fazer a apologia dos britânicos, por tão bem defenderem os seus interesses nacionais, dentro e além fronteiras.
Haja bom senso!
20/12/2007

... E o caos instalou-se e ninguém se entende e cada um escreve como lhe dá na real gana e, passados todos estes anos, continua a ser questionado e objecto de uma enorme e confrangedora discórdia ...
E a economia perdeu (e muito!), com os tradutores de língua Portuguesa a serem relegados para um vergonhoso segundo plano em favor dos tradutores de Português do Brasil, cuja preparação, profissionalismo e ética deveriam ser questionados, atendendo ao resultado final dos seus trabalhos, nas mais diferentes áreas de intervenção.
26/10/2019

Assistimos a um doloroso prolongamento do caos, com significativas perdas económicas em favor do invasivo Português do Brasil, definitivamente instalado e dominante no que ao mundo das traduções se refere.
Basta recorrer ao Google para nos apercebermos da gritante (e vergonhosa!) escassez de artigos e produções de Língua Portuguesa em detrimento do Português do Brasil.
Simultaneamente, no que diz respeito às diferentes plataformas de streaming e respetivas traduções de filmes e séries, para além desta última opção estar sempre presente é já, com alguma frequência, a única opção possível.

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