A lei do menor esforço e a cidadania
A substância e o conteúdo, para além da natural curiosidade e interesse implicam, também, não só a capacidade de concentração como, sobretudo, de reflexão, análise e de um espírito crítico cada vez mais ausente e distante ...
Por isso se papagueia cada vez mais, se copia, se plagia e se toma e assume como nosso aquilo que, numa cultura com uma maior profundidade e, consequentemente, um maior respeito, saberíamos não nos pertencer.
E esta leviandade, esta forma de ser/não ser e estar, que reconhece e sobrevaloriza os direitos, mas que ignora e despreza os deveres, é não só ofensiva para quem não comunga da mesma visão da vida, como é muito perigosa em termos de equilíbrio, postura e responsabilidade sociais.
Estabelecida, assumida e banalizada a noção e reconhecimento dos direitos é, agora, urgente educar, insistir e implementar uma cultura de responsabilidades e deveres que abranjam, não só as dimensões individuais como colectivas da sociedade.
Só assim poderemos exercer a nossa cidadania com o alcance e plenitude que lhe são inerentes.
Ilustr. Adelans
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