Atendimento ao cliente: As estratégias dissuasoras da Meo
Atendendo aos preços praticados por esta empresa e à celeridade, que é seu timbre, em nos enviar as respetivas facturas com uma exagerada antecipação imaginar-se-ia que, no mínimo, nos tratassem com a consideração que merecemos, não só porque clientes mas, também, enquanto clientes de tão caros serviços.
Mas não, não é o que costuma acontecer e, contrariamente ao que nos pretendem fazer crer, a responsabilidade não poderá, de forma alguma, ser imputada aos funcionários de call center que, após as inúmeras e mal sucedidas tentativas de contacto e depois de longos tempos de espera, lá acabam por nos atender.
Esmeram-se como podem até porque, finalizada a conversa, estão dependentes de uma avaliação da nossa parte que, no mínimo, estará sujeita a uma enorme subjetividade, atendendo ao então acumulado desespero e mau humor dos clientes cuja insistência e perseverança a eles acabou por conduzir.
O atendimento telefónico personalizado passou hoje a ser o último reduto, a estar no fim da linha de um processo cada vez mais automatizado e impessoal para o qual o cliente é empurrado, independentemente da sua vontade e/ou preparação para dominar estes novos recursos e as falhas neles implícitas.
No mês passado estive, durante seis dias completamente isolada do mundo e da minha actividade profissional sem conseguir usufruir de qualquer um dos serviços do pacote a que aderi, nomeadamente a TV e a Internet.
Seis longos, intermináveis e impacientes dias cujo único mérito se traduziu no regresso e no abraçar, sempre muito gratificante de uma actividade, a leitura, que há algum tempo vinha desprezando, face à dispersão a que, se nos não acautelamos, tanto a televisão como a internet nos podem conduzir.
Ao menos os livros, os nossos livros, por nós escolhidos, lidos e relidos, alguns, os fieis companheiros de sempre estão lá, nas prateleiras, sempre presentes, sempre prontos a preencher as lacunas resultantes das falhas a que as altas tecnologias estão, de quando em vez, sujeitas.
Recebida a última e mais recente factura, foi com enorme espanto que constatei que o ressarcimento que me era devido não tinha sido contemplado na mesma!
Como calada não conseguiria ficar, lá tive eu de, novamente, me sujeitar aos tempos de espera e às sucessivas mensagens codificadas até que, finalmente, consegui resolver o último dos meus problemas relacionado com a situação desagradável porque passei nas semanas anteriores.
Estou mesmo convencida de que, não tivesse eu sido persistente nesta fase, o assunto teria passado despercebido, incólume e o meu prejuízo seria convenientemente votado ao esquecimento.
Resolvidas com a rapidez que lhes foi possível (uma vez que a resolução do problema estava dependente da disponibilidade de outras entidades) tive conhecimento de que esta falha veio refletida na factura que recebeu há 2 ou 3 dias.
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