Tolba Phanem (?), "Lembra-te da tua canção"

 

«Quando uma mulher de uma determinada tribo Africana sabe que está grávida vai para a selva com outras mulheres e, juntas, rezam e meditam até ouvirem a "Canção da criança".
Quando nasce uma criança a tribo reúne-se e, em conjunto, cantam à criança a sua canção (a "Canção da criança").
Quando a criança inicia a sua educação a aldeia junta-se e canta a "Canção da criança".
Quando chega o momento da passagem à idade adulta, as pessoas juntam-se, de novo, e cantam. Chegada a hora do casamento a pessoa ouve, novamente, a sua canção.

Finalmente, na hora da morte, a tribo reúne-se e, tal como fizeram na altura do seu nascimento, cantam a "Canção da pessoa" com o objectivo de a acompanhar na sua "viagem".

Nesta tribo Africana existe uma outra ocasião em que os membros cantam para a criança.
Se, no decurso da sua vida, a pessoa cometer um crime ou um acto social aberrante, toda a tribo se reúne em circulo à volta dela e canta a sua canção.
A tribo reconhece que a correcção para o comportamento anti-social se não faz através da punição, mas através do amor e reconhecimento da sua verdadeira identidade.

Quando conhecemos/reconhecemos a nossa própria canção não sentimos a necessidade ou o desejo de prejudicar seja quem for.

Os teus amigos conhecem a "tua canção". E cantam quando te esqueces dela.
Aqueles que te amam não podem ser enganados pelos erros que cometeste, ou pela má imagem que dás de ti próprio/a.
Eles lembram a tua beleza, quando te sentes feio/a, a tua integridade, quando te sentes quebrado, a tua inocência quando te sentes culpado, e os teus objectivos quando te sentes confuso/a.»

Tolba Phanem (African poet)

Tradução e adaptação
Maria M. Abreu
(Setembro 17, 2018)

Com a sempre constante preocupação na defesa e preservação da verdade e autenticidade de tudo e de todos descobri, entretanto e passados estes anos, o blogue abaixo referenciado contestando não só a autoria como a subjectividade e veracidade desta "Canção da criança" e da mensagem que procura transmitir.


De qualquer maneira, como sempre gostei da filosofia que lhe está subjacente e encontro na mesma elementos muito positivos e dignos de reflexão, resolvi não prescindir desta publicação.

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