O muro do meu descontentamento
Mansinho, muito de mansinho, olho para o muro cujas pedras permiti, ignorante e descuidadamente, se fossem acumulando e questiono-me sobre o que devo fazer para o ultrapassar, para derrubar aquela barreira que nunca deveria ter existido, pelo simples facto de sentir que, na parte que me toca, não haveria razões plausíveis que pudessem ter justificado a sua existência!
Incrédula, desajeitada, relutante e desesperadamente encaro esta criação mental, uma mera e destrutiva criação mental, monstruosa porque delirante, e recuso-me a cruzar os braços e a permitir que ela se prolongue no tempo e me roube os momentos de paz e plenitude pelos quais tenho vindo a lutar, afincadamente, ao longo dos anos.
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