O Mar, fonte de recursos por explorar
MMA/Dolphin Saphari, Portimão
- recuso-me a pensar que os meus filhos estejam na eminência de ter, não só o futuro como a sobrevivência comprometidos! -
dou comigo a procurar, com alguma ansiedade, soluções alternativas que possam ajudar, de alguma forma, a atenuar e/ou mesmo remediar alguns dos problemas com os quais, dentro de algum tempo, teremos de nos confrontar.
Apesar de Portuguesa sou, também, Moçambicana e, habituada a que os portugueses de Portugal "só ponham trancas nas portas depois de estas serem arrombadas", aflige-me a sua culturalmente crónica ausência de previsões estratégicas relacionadas com a prevenção de riscos e, sobretudo, de catástrofes.
Ora, sendo a água um bem precioso, já tão escasso em muitas regiões do mundo e cuja escassez ameaça estender-se a todo o planeta, e sendo nós favorecidos com uma tão extensa e rica orla costeira, não seria mais inteligente e prudente, investir em processos de dessalinização da água dos nossos mares, em detrimento de outros projectos e de tantas outras obras de fachada que só servirão alguns, os mesmos que, atendendo ao poder económico que detêm sobrevivem e sobreviverão a todas as crises, incluindo a de uma, já tida como certa, grave crise de falta de Água?
Sendo uma alternativa utilizada, há já muitos anos, por países tais como os EUA, Chile, Brasil, Grã-Bretanha e do Médio Oriente, como Israel e o Kuwait, entre outros, por que não aproveitamos esta nossa proximidade com o mar e recorremos aos conhecimentos e experiência de quem, por necessidade e/ou inteligência e visão estratégica, implementou já estes processos?
Somos um país pobre e com poucos recursos que não tem sabido explorar as suas potencialidades reais.
Como nunca foi nossa preocupação lutar e trabalhar com vista à aquisição, manutenção e preservação da nossa própria autonomia, face à dependência do exterior encontramo-nos, agora, numa situação aflitiva, asfixiante, longe de prever o alcance e dimensões da mesma.
Temos que aprender a ser pragmáticos e a, sistematicamente, distinguir o essencial daquilo que é acessório, agindo em conformidade.
A realidade não se compadece com as manias de grandeza e o culto das aparências ...
Em nome dos nossos filhos, temos o dever e a obrigação de, na medida do que nos for possível, procurar prevenir os problemas que sabemos que o futuro nos reserva, e de nos apetrecharmos de forma a podermos enfrentá-los com a dignidade que advém da consciência do dever cumprido."
M.M.A.(Janeiro 30, 2013)
"Ontem, Hoje e Amanhã, sempre o Mar como fonte de tantos recursos por explorar!...
A nova arauta que está agora, em plena campanha eleitoral, a defender a causa da Água, não só não está a dizer nada de novo como se está a apropriar, indevidamente, de preocupações que sendo transversais à sobrevivência da Humanidade, o têm sido de muitos e já há muito tempo!..."
(Setembro 07, 2019)
Confesso, hoje e agora, não me recordar já de quem era a citada "arauta" e estar com preguiça de fazer uma pesquisa adequada mas, 10 anos depois da minha primeira reflexão mantém-se, para já, tudo na mesma com a excepção de algumas pinceladas alusivas ao tema abordado, também, nos últimos tempos.
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