O Mar, fonte de recursos por explorar

 

MMA/Dolphin Saphari, Portimão

01.10.2003
«A necessidade de água potável em muitas partes do mundo poderá ser suprida por meio de uma fonte natural: a luz do Sol. Engenheiros da Universidade da Flórida (Estados Unidos) desenvolveram um sistema que utiliza vácuo induzido por gravidade e energia solar, ao invés de eletricidade ou combustíveis fósseis para dessalinizar água. Com isto, a necessidade de água potável em muitas partes do mundo poderá ser suprida por meio de uma fonte natural e renovável de energia: a luz do Sol.»
«(...)"Nós sabemos que a natureza utiliza energia solar para extrair água pura da água salgada," afirma Yogi Goswami, professor de Engenharia Mecânica do Laboratório de Energia Solar daquela Universidade. "Nós usamos o mesmo processo da natureza, exceto que nós aceleramos o processo."
A natureza tem o seu próprio processo de dessalinização. A água pura evapora do oceano, forma nuvens, condensa-se e cai sob a forma de chuva. Os cientistas recriaram e aceleraram esse processo explorando a energia solar e a pressão atmosférica natural.»


"Atenta ao que se passa à minha volta e preocupada enquanto mãe e cidadã 

- recuso-me a pensar que os meus filhos estejam na eminência de ter, não só o futuro como a sobrevivência comprometidos! -

dou comigo a procurar, com alguma ansiedade, soluções alternativas que possam ajudar, de alguma forma, a atenuar e/ou mesmo remediar alguns dos problemas com os quais, dentro de algum tempo, teremos de nos confrontar.

Apesar de Portuguesa sou, também, Moçambicana e, habituada a que os portugueses de Portugal "só ponham trancas nas portas depois de estas serem arrombadas", aflige-me a sua culturalmente crónica ausência de previsões estratégicas relacionadas com a prevenção de riscos e, sobretudo, de catástrofes.

Ora, sendo a água um bem precioso, já tão escasso em muitas regiões do mundo e cuja escassez ameaça estender-se a todo o planeta, e sendo nós favorecidos com uma tão extensa e rica orla costeira, não seria mais inteligente e prudente, investir em processos de dessalinização da água dos nossos mares, em detrimento de outros projectos e de tantas outras obras de fachada que só servirão alguns, os mesmos que, atendendo ao poder económico que detêm sobrevivem e sobreviverão a todas as crises, incluindo a de uma, já tida como certa, grave crise de falta de Água?

Sendo uma alternativa utilizada, há já muitos anos, por países tais como os EUA, Chile, Brasil, Grã-Bretanha e do Médio Oriente, como Israel e o Kuwait, entre outros, por que não aproveitamos esta nossa proximidade com o mar e recorremos aos conhecimentos e experiência de quem, por necessidade e/ou inteligência e visão estratégica, implementou já estes processos?

Somos um país pobre e com poucos recursos que não tem sabido explorar as suas potencialidades reais.

Como nunca foi nossa preocupação lutar e trabalhar com vista à aquisição, manutenção e preservação da nossa própria autonomia, face à dependência do exterior encontramo-nos, agora, numa situação aflitiva, asfixiante, longe de prever o alcance e dimensões da mesma.

Temos que aprender a ser pragmáticos e a, sistematicamente, distinguir o essencial daquilo que é acessório, agindo em conformidade.

A realidade não se compadece com as manias de grandeza e o culto das aparências ...

Em nome dos nossos filhos, temos o dever e a obrigação de, na medida do que nos for possível, procurar prevenir os problemas que sabemos que o futuro nos reserva, e de nos apetrecharmos de forma a podermos enfrentá-los com a dignidade que advém da consciência do dever cumprido." 

M.M.A.(Janeiro 30, 2013)

"Ontem, Hoje e Amanhã, sempre o Mar como fonte de tantos recursos por explorar!...

A nova arauta que está agora, em plena campanha eleitoral, a defender a causa da Água, não só não está a dizer nada de novo como se está a apropriar, indevidamente, de preocupações que sendo transversais à sobrevivência da Humanidade, o têm sido de muitos e já há muito tempo!..."

 (Setembro 07, 2019)

Confesso, hoje e agora, não me recordar já de quem era a citada "arauta" e estar com preguiça de fazer uma pesquisa adequada mas, 10 anos depois da minha primeira reflexão mantém-se, para já, tudo na mesma com a excepção de algumas pinceladas alusivas ao tema abordado, também, nos últimos tempos.

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