Hierarquia e respeito

 
Nasci e cresci no seio de uma sociedade hierarquizada, a começar pela família e a prolongar-se, naturalmente, no exterior dessa célula básica.

Para além de não ter ficado nem me ter nunca sentido traumatizada, sinto-me eternamente agradecida pelo investimento feito em mim pelos meus pais, tanto em termos morais como materiais, atendendo ao conforto que sinto e de que gozo por me sentir bem na minha pele e saber ocupar o meu lugar seja onde for, com quem for e em que circunstâncias estiver.

Essa mesma estrutura hierarquizada, que se manifestava através da idade (respeito pelos mais velhos e pela sabedoria que era suposto estar-lhes associada), da posição social, profissional e por aí adiante, tinha por base o respeito e a consideração pelos diferentes tipos de pessoas com as quais convivíamos e pelos valores que lhes estavam associados enquanto agentes sociais.

O respeito, enquanto sentimento e bússola norteadora do comportamento em sociedade esteve, assim, na base da educação que me foi dada e que procurei, afincadamente e com sucesso, transmitir aos meus filhos.

Essa consideração pelo outro, pela sua postura individual, pela sua actividade e pelo que era subjacente aportasse à sociedade estava, esteve e continuo a acreditar deva continuar a estar na base de toda e qualquer relação social que se pretenda frutífera e harmoniosa.

Ilustr. Google

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