Abordando o Primeiro-Ministro António Costa (2022)
A olhar para a lareira que crepita à minha frente e a pensar, a temer, a questionar... aconteça o que acontecer está feito, e não há mais lugar para hesitações ...
Aproveitei a oportunidade que nos foi dada, a todos os cidadãos deste país e votei antecipadamente ... bastante convencida, ao tempo, apesar de não estar habituada a apostar no que desconheço ...
Gosto de jogar pelo que penso seja seguro, certo e justo e há já muitos anos que tenho votado no PS, por acreditar no Dr. António Costa, na sua formação, na sua experiência, nos princípios da sua geração e na sua boa fé mas ... com a sua aliança à extrema esquerda, com as concessões que tem feito aos partidos que a compõem, confesso que fiquei desiludida, revoltada e com uma enorme vontade de lhe virar as costas e demonstrar o meu repúdio.
Senti que, em nome da sua sobrevivência política, o Dr. António Costa ultrapassou todos os limites e traiu a confiança de muitos dos que o têm apoiado.
Uma coisa é contribuir para ajudar a prover às necessidades dos que são mais desfavorecidos e outra, bem diferente, é sentirmos que estamos a ser esmagados pelos impostos que nos são cobrados, condenados a uma pobreza que repudiamos e não sentimos merecer, castigados apenas e só porque detentores de algum tipo de propriedades e/ou rendimentos que ultrapassem os já crónicos critérios miseráveis de rendimentos deste país.
Não, Senhor Primeiro-Ministro, não é este o modelo político e de desenvolvimento que quero para o meu país, para o país onde os meus filhos nasceram e cresceram, para o país de onde o meu filho mais novo emigrou por saber, de antemão, que nunca alcançaria, aqui, o sucesso, reconhecimento e constante valorização que lhe são proporcionados, lá fora, no país onde se encontra e é feliz.
Os seus critérios de boa governação, para além de ultrapassados estão erradíssimos pois, como é do senso comum e terá ouvido até à exaustão, nos últimos meses, não há possibilidade de redistribuição de rendimentos sem a absolutamente necessária e fundamental criação de riqueza, algo que o senhor vem ignorando, menosprezando e tudo tem feito por aniquilar ...
Em pleno séc. XXI, Senhor Primeiro-Ministro, como se atreve?!...
Como é possível permanecer, pacificamente, num país que penaliza os que produzem e aspiram a crescer quantas vezes, apenas e só, para alimentar os gravíssimos e imperdoáveis erros cometidos por certas administrações bancárias, empresas mal geridas, o parasitismo e a acomodação reinantes neste país?...
Basta sair à rua, olhar à sua volta, frequentar os locais de consumo e as empresas de serviços e olhe para quem o serve e por quem é atendido...
Repare na quantidade de imigrantes que, de Norte a Sul do país, por ele circulam ocupando os postos de trabalho que seria suposto serem ocupados por portugueses.
E o problema não está na falta de mão-de-obra nacional, pois não faltam candidatos inscritos nos Centros de Emprego. O problema é bem mais profundo e tem sido alimentado pelas suas políticas de redistribuição, quantas vezes administradas de forma aleatória.
Por favor, Senhor Primeiro Ministro, empenhe-se em fornecer "canas de pesca" a quem as não tem e a ensinar a pescar a quem precisa de aprender a fazê-lo, mas não castigue aqueles que, devidamente equipados, trabalham, lutam e se esforçam por pescar os peixes que vão aparecendo, num mar ao qual todos têm acesso mas junto do qual nem todos se aproximam.
Enfim!
Tudo isto para dizer que, desta vez, acabei por alterar o meu sentido de voto na esperança e com o objectivo de contribuir para alterar o paradigma, quase fossilizado, que tem sido este do qual temos estado dependentes.
Janeiro/2022
(Eleições legislativas 2022)
Não consegui aquilo que queria!...
Vou aproveitar esta nova e inesperada oportunidade para continuar a pugnar pelo que continuo a sentir seja uma necessidade urgente de alteração das regras e prioridades políticas.
Vou aproveitar esta nova e inesperada oportunidade para continuar a pugnar pelo que continuo a sentir seja uma necessidade urgente de alteração das regras e prioridades políticas.
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