Tom Otterness, "Fairy Tale Sculptures by the Sea"
Scheveningen/2018
Frequentemente bombardeada por discursos escritos, sofisticadas expressões, incitações ao desempenho profissional assumidas como genuínas, por fontes que me não oferecem credibilidade, bastam a dúvida e alguns clicks, para perceber e constatar que os pretensos e pretensiosos mensageiros, longe do esforço que implica a produção elaborada do que quer que seja se limitam a, levianamente, reproduzir e assumir como suas, as mensagens e o trabalho implícito, por outros elaborado.
Numa sociedade e cultura tendencialmente narcisistas, dominadas pela superficialidade e com uma quase patológica necessidade de afirmação individual, tudo serve na tentativa vã de procurar sobressair e fazer brilharetes, mesmo que estes atropelem os direitos, liberdades e garantias de quem mais não pede que não seja respirar, contribuir e viver tranquilamente.
O plágio é um crime e, para além de ser um crime, demonstra uma enorme falta de respeito pela criatividade e trabalho dos outros, de quem pensa, imagina, faz esboços, elabora, planeia, deprime, trabalha e se esforça por produzir seja aquilo que for.
As obras feitas e os trabalhos acabados são, normalmente, resultantes de processos longos e penosos, que implicam muito tempo, um grande esforço, algumas escolhas e bastantes renuncias.
Enfim, "o sangue, suor e lágrimas" alheios, ignorados e desprezados por quem, de forma indigna e desonesta, se limita a fazer um simples copy/paste, sem sequer se preocupar em mencionar fontes e assumindo, como obra sua, aquela que jamais lhe poderia pertencer, por direito próprio.
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